Wednesday, August 26, 2015

Crítica - O Pequeno Príncipe


Está releitura do épico livro de Antoine de Saint-Exupéry dirigida por Mark Osborne (mesmo diretor de Kung Fu Panda) e escrito por Irena Brignull e Bob Persichetti é simplesmente a mais profunda e emocionante já feita até hoje. O visual é irresistível, muito bem desenhado, usando stop-motion para o mundo do pequeno príncipe e computação gráfica para o da garota, e o filme é recheado daquelas frases marcantes que tornaram o livro um dos mais importantes da literatura juvenil, entretanto este não é o segredo do sucesso desta releitura. 

Veja o trailer abaixo:

 Diferentemente da maioria dos filmes e animações de hoje, que se escondem atrás de uma tonelada de frases de efeito e de um visual gritante, este filme se concentra em desenvolver bem seus personagens, desde uma menina pressionada pela mãe para entra numa escola de renome e a se concentrar apenas no que é essencial para ser tornar uma adulta o mais depressa possível, à mãe que quer tornar sua filha em uma cópia idêntica de si mesma, até um velhinho solitário e atrapalhado que quer consertar seu avião e compartilhar uma simples história com alguém. E acima de tudo, a história é muito consistente, dinâmica e bem estruturada, em nenhum momento é cansativa ou desinteressante, pelo contrário, cada vez que você vai se aprofundando nos relacionamentos entre o velhinho e a garota e o pequeno príncipe e o aviador e nas idas e vindas do stop-motion para a computação gráfica, você vai ficando ainda mais preso emocionalmente á trama.


Este não é um filme sobre uma garota e um velhinho que mergulham numa história fascinante, é sobre amizade verdadeira e lealdade, um vínculo recheado de valores morais que simplesmente não existem mais na sociedade contemporânea. E numa época que o entretenimento puro e a diversão sadia praticamente não existem mais, este filme mostra que a única coisa que é essencial para um filme entreter as pessoas e a preocupação em tocar o coração delas.

Em toda a minha vida eu nunca chorei tanto ao ver um filme como este, entretanto ‘as vezes nós corremos o risco de choramos um pouco por um filme que nos faz cativar’! Acho que nunca mais irei ver algo como este filme, ele é único em todos os aspectos, definitivamente uma rara obra de arte, afinal, o que é arte a não ser o poder de cativar e emocionar as pessoas?  
Henrique Euzebio

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